terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Sobre relacionamentos

      Chego aqui mais uma vez para dar continuidade à história que iniciei, dessa vez para tratar sobre relacionamentos. Não sobre relacionamentos amorosos que é algo muito mais complexo de se analisar e que é um possível enfoque de outro texto, mas sim acerca dos demais infinitos relacionamentos que criamos ao longo de nossas vidas: amizades, parcerias, contatos e inimizades.
      Claramente observamos que na história recente, nos tempos de modernização, as redes sociais causaram um impacto gigantesco sobre os relacionamentos, muitas vezes se tornando o único meio de contato entre as partes. Isso desencadeia um imenso “câncer” nas relações, pois ao relacionar-se pela internet, você não vê, não sente e não escuta a outra pessoa, às vezes perde até mesmo a imagem de quem o outro é e acaba dizendo coisas e agindo de uma forma que normalmente você nunca agiria com tal pessoa. Isso só dá lugar à superficialidade e a quebra de caráter das pessoas, uma vez que por tanto falar por trás de um monitor, a pessoa perde a coragem de se expressar pessoalmente.
      Além disso, a internet se tornou um dos maiores causadores de depressão deste século. As pessoas vêm a utilizando como forma de descarregar suas decepções amorosas, suas intrigas, seus problemas pessoais, a própria raiva e esquecem que isso as expõe de uma maneira imensurável. Muitas vezes, para causar a preocupação da pessoa intencionada, o primeiro indivíduo dramatiza drasticamente seus sentimentos, o que pode o ridicularizar e causar sua própria humilhação. A pressão que a sociedade exerce com seus comentários leva o indivíduo a entrar em extremo estado de revolta e tristeza, o afundando cada vez mais em um abismo emocional.
      Está certo que não devemos viver de acordo com o que nos dizem ou pensam sobre nossa vida, mas se expor em redes sociais não nos ajuda em nada. A intenção das pessoas de comover outras através de mensagens impactantes em sua maioria resulta no contrário e leva a autodestruição. Portanto, meu humilde recado é para que utilizem as redes sociais apenas como meios de entretenimento e comunicação. Para desabafar, procure seu amigo mais próximo, aquele de verdade, com olhos, ouvidos e coração e tenha uma boa conversa face a face com ele. A superação para suas dificuldades não está no twitter ou no facebook. Está dentro de você, e máquina alguma vai te fazer encontrar isso.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Recomeço

      Há dois anos eu abri um blog pra descarregar as milhares de ideias que perturbavam minha mente. Naquela época eu estava em fase de transição de personalidade. Meus desejos, minhas vontades, meus objetivos e até mesmo meu modo de vida era completamente diferente do que é hoje. Eu vislumbrava bens materiais, festas, diversão... Eu frequentava lugares que eu detestava só pra ficar “chapado” e curtir a noite. Então eu fui perdendo coisas que eu tinha. Coisas, sentimentos, pessoas... E percebi que tudo aquilo que eu desejava não me satisfazia mais. Nem momentaneamente. Passei a questionar o sentido de sair pra uma balada, encher a cara, pegar “meninas” (sim, meninas, não mulheres) e acordar no outro dia com o mesmo espírito de sempre. Espírito que aliás se degradava com o tempo, pois em nada isso acrescentava na minha vida.
       Concluí o que todos sabem, mas não admitem: pessoas só fazem isso para alimentar seu ego. Afinal, que graça tem ficar com 4,8,12 mulheres em uma noite e não contar pra ninguém? Ninguém realiza tal “feito” e se mantém em silêncio. Faz questão de contar pra seus amigos e pra quem queira ouvir que ficou com as meninas mais gostosas da noite, e isso o faz rei. Rei de quê? Isso me fez pensar. Em que esse tipo de coisa acrescentava na minha vida? Quanto eu iria prosperar com tais experiências? Qual o sentido de estar em um lugar que você não gosta, ouvindo música que você odeia, beijando gente que muito provavelmente você nunca mais vai ver na vida e queimando sua consciência com uma droga que alimenta legalmente os bolsos da ganância e do sofrimento?
       Isso acontece com a maioria das pessoas dessa idade (entre 15 e 19 anos), e posso dizer que apesar de tudo, me serviu de experiência. Não sou um homem, ainda. Espero ser um dia. Me esforço para honrar valores, princípios, e acima de tudo, prosperar em tudo o que faço, tudo o que construo e junto de pessoas que amo. Alcóol, drogas, tudo o que é momentâneo te fornece prazer por um instante, e pode destruir amores, amizades e os mais valiosos sentimentos pra sempre. Essas substâncias lícitas ou ilícitas te distanciam daquilo que é real e duradouro e te englobam em um mundo que não tem fim, uma ilusão. Se alimentam da sua consciência enquanto você acha que está tudo bem. Quando você acorda, se acorda, percebe que perdeu tudo aquilo que te era precioso, e fica com um vazio que não pode mais ser preenchido por nenhum bem do mundo.
      Acorde, e acorde cedo. Sinta o sol, o vento, a chuva, o amor, a amizade e pare de sentir dores de cabeça, tonturas, enjoos, ganância e luxúria. A vida é real e foi feita pra ser vivida em cada segundo. Não se iluda com o que não provém dela.

       
        Esse é o primeiro texto da minha história de dois anos.